Domingo, 20 Abril 2025
“Confúcio Moura abandonou as delegacias em Rolim de Moura”, afirmam policiais civis

“Confúcio Moura abandonou as delegacias em Rolim de Moura”, afirmam policiais civis Destaque

Durante entrevista ao Programa Encontro Marcado com Luiz Paulo & Jaqueline Cassol, ocorrida nesta quarta-feira (10.08), em Novo Horizonte (RO), os policiais civis lotados em Rolim de Moura (RO), Márcia Matoso e Pacheco relataram aos ouvintes a situação de abandono que se encontram as delegacias do município e as péssimas condições de trabalho.
De acordo com os policiais civis, o pior caso é da delegacia localizada na Rua Jamari. O ambiente é podre, cheira mal, poucos banheiros utilizados tanto pelos servidores quanto pela população. “A situação não fica completamente insustentável devido à colaboração dos colegas de profissão, que, devido ausência de zeladoras no Estado, também desempenham essa função”, explicou Márcia. 
Ainda com relação à estrutura predial, a agente de polícia disse que o esgoto que sai das celas da cadeia pública escorre pelo corredor da delegacia. “Além disso, é visível que nunca houve um local adequado para a apreensão de veículos, motocicletas, bicicletas e outros objetos. Eles ficam entulhados pelos corredores tornando-se criadouros de ratos, aranhas e cobras”, explicou a representante sindical na Região da Zona da Mata. 
Márcia Matoso disse também que os colegas de profissão cumprem indiretamente o slogan do governo do Estado de Rondônia, ou seja, “governo da cooperação”. Isso porque, segundo ela os próprios servidores são responsáveis pela aquisição de água mineral, papel higiênico, material de limpeza, entre outros. “Eles nos mandam em pouquíssimas quantidades que não supri a demanda das delegacias. Então é preciso cooperar, infelizmente, ao ponto de pagar para trabalhar”. 
Com relação ao atendimento ao público, Márcia Matoso relatou também que as delegacias não estão preparadas para atendê-los. Vítimas, testemunhas, infratores de diferentes ocorrências são ouvidos no mesmo ambiente. “Não há espaço para realizar um bom trabalho. Eles ficam entre as pilhas de procedimentos e objetos apreendidos”. 
Ocorrências prioritárias
Outro ponto abordado pela representante sindical Márcia Matoso foi com relação à escolha de ocorrências para serem atendidas pelo Serviço de Investigação – SEVIC. Segundo ela, não existem investigadores suficientes para atender tanta demanda. Então diante da situação lastimável, eles dão preferência aos casos com maior complexidade e gravidade, como por exemplo: homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro. 
“É humanamente impossível, dada à falta de policiais, investigar todas as ocorrências registradas na delegacia. Só para os senhores terem uma ideia, em 2015 foram registradas, em Rolim de Moura, 9.061 ocorrências. Até julho deste ano já registramos 5.246, ou seja, mais da metade”, concluiu Márcia Matoso. 
 
 

Fonte : R1NOTÍCIAS.COM    
Autor :
 R1NOTÍCIAS.COM

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