BATALHA – De acordo com Rodrigo, todos os servidores precisam entender que esta é uma briga de “Davi e Golias”
Para Sinsepol, governo Confúcio é perdulário, tirano e irresponsável; caixa de maldades foi aberta, diz Sindler; unidade da categoria vai impor respeito; Estado antecipa a PEC 241
DA REPORTAGEM LOCAL
Os servidores da Educação, Saúde, Polícia Civil, DER, Sistema Penitenciário, Tribunal de Contas (TCE), e Tribunal de Justiça (TJ), ameaçam paralisação total, em todo Estado, a partir do dia 03 de novembro, em protesto pelo desconto de 6% na folha de pagamento – em cima do salário base -, referente ao auxílio transporte.
A proposta foi aprovada, por unanimidade, nesta terça-feira (18), durante assembleia geral, em Porto Velho, com mais de 800 servidores e diretores de todos os sindicatos que formam o Comando do Sindicalismo de Rondônia.
A paralisação geral será por tempo indeterminado, até que o governo de Rondônia revogue o decreto que estabelece o desconto, em folha de pagamento, de todas as categorias. Os servidores vão cobrar ainda a devolução – em folha suplementar – dos valores descontados dos trabalhadores.
Foi aprovado também, durante a assembleia geral, a criação de uma comissão que irá tentar sensibilizar os deputados estaduais para a injustiça feita pelo governo. A comissão irá informar o gabinete do governador Confúcio Moura, a Casa Civil e todas as secretarias sobre a decisão das categorias de paralisar suas atividades a partir de novembro.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinsepol), Rodrigo Marinho, classifica como um ato covarde e desumano de um governo perdulário e tirano. De acordo com Rodrigo, todos os servidores precisam entender que esta é uma briga de “Davi e Golias” e somente coma união de todos os servidores, de todas categorias, de todas as centrais sindicais, será possível vencer esta batalha contra um governo que virou a costa para o povo.
Rodrigo Marinho disse ainda que somente um governo irresponsável, que olha apenas para o próprio umbigo, toma uma decisão como esta de retirar um direito dos trabalhadores que vem sendo pago, por todos os governos, há 15 anos. (assista ao vídeo).
VISÃO – Rubens Luz diz que caixa de maldades foi aberta. A partir de agora, as investidas contra os trabalhadores não terão mais limite
CAIXA DE MALDADES
Para o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo de Rondônia (Sindler), Rubens Luz, a caixa de maldades foi aberta. A partir de agora, as investidas contra os trabalhadores não terão mais limite. “Nós ainda não fomos afetados, mas estamos vulneráveis, já que a ameaça é real para todo os servidores de todos os Poderes”, disse Rubens.
Todos os diretores do Sindler que participaram da assembleia geral se posicionaram favoráveis à paralisação a partir de novembro.
MANOEL – Isso é apenas o começo do pacote de maldades que será implantado pelo governo Temer
ANTECIPAÇÃO DA PEC 241
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Rondônia (Sintero), Manoel Rodrigues da Silva, o desconto de 6% do auxílio transporte no salário base é uma antecipação do governo de Rondônia, à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela por 20 anos os investimentos em salários, dizima as conquistas dos trabalhadores, e atinge, diretamente, a Saúde e Educação.
Ele lembra que a PEC vem sendo votada no Congresso Nacional a toque de caixa. Isso é apenas o começo do pacote de maldades que será implantado pelo governo Temer. Um governo ilegítimo, golpista e que tem compromisso apenas com os ricos.
Manoel afirma que a aprovação da PEC 241 vai acabar com o plano nacional de educação e com o piso nacional da categoria. Ele lembra que a emenda à Constituição, vem de cima para baixo, destruindo todas as leis anteriores, já que ela dita as regras do jogo. “O trabalhador tem que mobilizar sua categoria para depois não chorar o leite derramado. Se os servidores se calarem, vão acabar com todas nossas conquistas”, disse.
EM ALERTA
GERAL – Francisco Carlos de Assis Roque diz que todos os servidores do Poder Judiciário devem ficar em alerta
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário do Estado de Rondônia (Sinjur), Francisco Carlos de Assis Roque, disse durante a assembleia que todos os servidores do Poder Judiciário devem ficar em alerta. Segundo ele, mesmo o PCCS da categoria assegurar o direito e vetar qualquer tipo de descontos, como os 6% do auxílio transporte, os servidores têm que se mobilizar e apoiar as outras categorias.
Roque lembra que o governo de Rondônia está efetuando o desconto em folha de pagamento com base uma decisão dada pelo Tribunal de Justiça (TJ). Isso significa que uma reação em cadeia – que atinja todos os poderes -, não está totalmente descartada. Ele adiantou que vai tratar sobre o tema ainda esta semana em reunião no TJ, para dar o recado que os servidores não vão aceitar, sem lutar, qualquer tipo de imposição.
UNIÃO – Caio acredita que o momento é de unidade. Todos os companheiros precisam unificar o discurso, fechar questão e não recuar
UNIDADE
Caio Marin, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Rondônia (Sindsaúde), disse que esse governo paga para ver. Não cumpre os acordos e sempre “empurra com a barriga” os compromissos firmados com os servidores públicos.
Ele destacou o apoio dado pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) em Rondônia e em Brasília. Caio acredita que o momento é de unidade. Todos os companheiros precisam unificar o discurso, fechar questão e não recuar. O governo precisa respeitar os trabalhadores, disse Marin.
EM PAUTA – João Henrique, presidente da CSB em Rondônia, disse que a central vai apoiar o movimento
CENTRAL VAI APOIOR
João Henrique, presidente da CSB em Rondônia, disse que a central vai apoiar o movimento dos servidores públicos. Ele deve chamar ainda para esta semana, uma reunião com os sindicatos filiados à central para aderir, em 100%, a luta dos companheiros.
João disse que pode pedir reforço para a CSB nacional na divulgação, em veículos de grande massa, para que a população brasileira tome conhecimento do caos que vem sendo implantado pelo governo do PMDB em Rondônia. Para ele, a mobilização de todos será a força contra as investidas do governo no salário dos trabalhadores.
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