Contra caos na Segurança Pública e sucateamento das delegacias, Sinsepol faz protesto em frente ao CPA e Assembleia Legislativa
Pelo menos 500 servidores da Polícia Civil participaram nesta quarta-feira (21), em Porto Velho, do protesto organizado pelo sindicato da categoria em Rondônia. Há expectativa era de que o movimento se estendesse por várias cidades do Estado.
O protesto, que se concentrou na sede administrativa do governo de Rondônia (CPA), percorreu algumas ruas próximas, foi encerrado em frente à Assembleia Legislativa de Rondônia. Duas pautas foram apresentadas pelos servidores: a nacional, que cobra voto contra a PEC 257 – que tramita na Câmara dos Deputados e que praticamente dizima algumas conquistas dos servidores públicos -, e a local, que trata sobre o envio pelo governador Confúcio Moura do projeto de Lei que cria o Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) da categoria.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sinsepol), Lindalva Miranda, o sindicato apoia o ato nacional de paralisação realizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores e Policiais Civil (Cobrapol).
Lindalva disse ainda que o salário da Polícia Civil de Rondônia é um dos piores do Brasil. “A diferença do pior salário para o nosso de policial civil é de R$ 300 reais, estamos na 22° colocação do ranking nacional”, informa.
Comandada pelo presidente do Sinsepol, Rodrigo Marinho, pelo diretor-financeiro, José Ribeiro, e o diretor-social, Adão James, uma comissão vem fazendo uma radiografia do caos que se instalou no sistema de Segurança Pública em Rondônia.
Farta documentação em depoimentos e fotos mostram delegacias sucateadas, número de pessoal insuficiente para atender à demanda de inquéritos, prédios corroídos pela ação do tempo, sem estrutura, e em precárias condições de higiene, relata José Ribeiro.
Somente na zona Sul de Porto Velho, 110 mil pessoas – pelos cálculos do Sinsepol -, estão sendo prejudicadas pela falta de estrutura das delegacias da área. Um caso chama atenção: para dar conta de 1800 inquéritos há apenas uma escrivã. “Uma situação análoga à de escravidão, imposta por um governo que virou as costas para a Segurança Pública”, afirma Rodrigo Marinho.
CASO DE POLÍCIA
Materiais de flagrantes apreendidos jogados em meio ao mato, nenhum banheiro com condições dignas de uso, prédio sem extintor de incêndio, número insuficientes de servidores e agentes para atender à demanda. Este é o retrato fiel da 9ª Delegacia de Polícia, localizada no distrito de Extrema, na divisa de Rondônia com o Acre, comprovado por uma comissão do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia (Sinsepol), que faz, em todas as cidades de Rondônia uma radiografia do decadente sistema de Segurança Pública no Estado.
A situação deplorável – não diferente de outras delegacias de Porto Velho – indignou tanto a comissão formada pelo presidente do Sinsepol, Rodrigo Marinho, pelo diretor-financeiro, José Ribeiro e do diretor-social, Adão James, que decidiram registrar uma ocorrência policial para relatar e oficializar a denúncia. O caso foi relatado na ocorrência polícia número 771-2016. De acordo com o relato da comissão do Sinsepol, os servidores enfrentam problemas graves para trabalhar. Segundo a ocorrência, a situação física é deplorável.
O QUE É O PLP 257
O Projeto de Lei 257/16 estabelece o plano de auxílio aos estados de todo o Brasil incluindo o Distrito Federal, para que haja um equilíbrio fiscal através de refinanciamentos de dívidas, dando um prazo de 240 meses para a quitação do débito. Logo não há possibilidade de reajuste salarial.
O QUE É A PEC 241
A Proposta de Emenda da Constituição 241 altera as disposições constitucionais transitórias para instituir um novo regime fiscal. Logo não há possibilidade de reajuste salarial.
Fonte: assessoria de imprensa Sinsepol
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