As condições do prédio que abriga a Delegacia da Mulher em Porto Velho lembram cenário de filme de terror, com teias de aranha, sem extintores de incêndio, goteiras por toda parte, e com as instalações físicas precárias.
A constatação é da comissão que investiga as condições das delegacias de polícia em todo o Estado, formada pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil em Rondônia (Sinsepol), Rodrigo Marinho, pelo diretor-financeiro, José Ribeiro e pelo diretor-social, Adão James, além da vice-presidente Lindalva Miranda.
A comissão faz uma radiografia do precário sistema de segurança pública em Rondônia. A meta é mostrar para a sociedade as causas que impedem a Polícia Civil de ampliar ainda mais os serviços prestados à população, e ao mesmo tempo, força o governo a sair do estado de inércia que encontra-se em relação à Segurança Pública. A maior prova é que a placa mostra que a sede foi montada ainda no governo de José Bianco: ou seja, há quase 16 anos.
A comissão apurou que o prédio não tem de extintores de incêndio, há goteiras por toda parte, a maioria dos aparelhos de ar condicionados está quebrada por falta de manutenção, o prédio não possui zeladoras para cuidar da limpeza, falta material de consumo e limpeza.
Para evitar um caos ainda maior, os servidores são os responsáveis pela limpeza e compra de matérias para manter o ambiente com as mínimas condições de higiene e dignidade, afirma Rodrigo Marinho.
Os índices de criminalidade registrado na Delegacia da Mulher aumentam ano a ano. Em 2015, foram registradas 5.157 ocorrências policiais e instaurados 976 inquéritos policiais, somente neste ano, foram registradas mais de 3 mil ocorrências policiais e instaurados aproximadamente 844 inquéritos policiais, mostrando que os números devem dobrar até o fim de 2016.
Rodrigo Marinho chama atenção para um problema grave: atualmente, apenas uma escrivã é responsável por de 1.800 inquéritos policiais e duas escrivães para mais de 8 mil ocorrências policias, só do ano de 2015. Uma demanda humanamente impossível de vencer em prazo razoável.
Para o presidente do Sinsepol, o crescimento da violência contra a mulher na capital está ligado diretamente ao descaso que o Governo de Rondônia vem tendo com a Segurança Pública do Estado.
O Presidente do Sinsepol disse que “é um absurdo a maneira que o Estado trata a Polícia Civil, a Delegacia da Mulher é mais caso de abandono do Governador de Rondônia, condições precárias de trabalho, efetivo baixo de servidores, falta de material de consumo e higiene, prédio com rachaduras” Rodrigo Marinho.
A comissão denuncia ainda que o comissariado funciona das 07:30h às 19:30h, com apenas um servidor que atende aproximadamente 80 pessoas por dia, causando uma longa fila de espera a falta de policiais para otimizar os serviços da delegacia. O cartório conta com o insignificante número de quatro escrivães para atender uma demanda de procedimentos administrativos e da delegais, oitiva das vítimas, interrogatórios, dentre outros.
O Serviço de Investigação e Captura (Sevic) tem apenas seis servidores para atender toda a demanda de ocorrências e realizar as investigações, medidas protetivas, prisões.
O auditório está abandonado, sujo, com teias de aranha e ainda serve de abrigo de animais, os móveis em precárias condições de uso.
fonte: assessoria de imprensa sinsepol
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