Em situação precária, IML está sem câmaras frias e rabecão para transporte de cadáveres; unidade usa carro emprestado; local está cheio de “gambiarras”
DA REPORTAGEM LOCAL
Todos os servidores lotados no Instituto Médico Legal (IML) têm que disputar espaço com ratos e cobras. Seis meses após as primeiras denúncias da precariedade e falta de estrutura feitas pela direção do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia (Sinsepol), a situação piorou ainda mais: à época da denúncia, das cinco geladeiras – – câmaras frias especiais para conservação de corpos -, apenas uma funcionava. Agora, todas estão danificadas. Para manter a temperatura dos corpos, estão sendo improvisadas “gambiarras” para evitar que entrem em putrefação.
A denúncia foi feita nesta terça-feira (16) pelo presidente do Sinsepol, Rodrigo Marinho. O odor provocado pela putrefação dos corpos é insuportável. Uma condição subumana de trabalho dos servidores que atuam no local.
De acordo com o presidente do sindicato e chefe da comissão que apurava as denúncias feitas pelos servidores, Rodrigo Marinho, o abandono do IML é o maior reflexo do desmonte da Polícia Civil.
Marinho afirma que além da precariedade técnica do IML, a maioria dos servidores não recebe o adicional de periculosidade e insalubridade. Os rabecões – carros que fazem o transporte de corpos de locais de crimes para o IML – estão quebrados. Para não deixar de atender, os servidores muitas vezes fazem cotas e pagam o conserto. A unidade trabalha com um rabecão emprestado pelo município de Guajará-Mirim. Uma afronta à dignidade dos servidores.
Segundo Rodrigo Marinho, a capital é a cidade com maior número de habitantes de Rondônia e lidera em número de mortes que necessitam de laudos do IML.
Além do forte odor, falta de equipamentos, falta de equipamento de proteção individual (EPI) – como luvas, máscaras, botas, óculos, botas especiais – os servidores disputam o espaço com ratazanas. Os roedores são atraídos pela falta de limpeza externa e pelo acúmulo de lixo hospitalar de autopsias realizadas no local.
De acordo com o presidente do Sinsepol, Rodrigo Marinho, o levantamento das condições de funcionamento do IML faz parte de um trabalho realizado pelo sindicato para mostrar para o governo e a população de Rondônia a verdadeira face da Polícia Civil em Rondônia.
De acordo com Rodrigo Marinho, a situação será encaminhada à 20ª Vara da Promotoria de Justiça de Porto Velho para conhecimento dos fatos.
Fonte:acriticanews.com
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