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Ataque sofrido por policiais na fronteira com a Bolívia comprova denúncias do Sinsepol.

Ataque sofrido por policiais na fronteira com a Bolívia comprova denúncias do Sinsepol. Destaque

Vítimas de ação de narcotraficantes na área de fronteira, policiais trabalhavam fora de seu horário, sem receber nada do governo.

DA REPORTAGEM LOCAL

O ataque sofrido pelos policiais civis Alessandro Guimarães Leal da Silva e Mônica Alexandre Feitosa, em Costa Marques, rota do tráfico de drogas, região de fronteira com a Bolívia, comprovam as denúncias feitas pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia (Sinsepol), de que a maioria dos servidores – agentes, escrivães, delegados, comissários – cumpre a jornada de sobreaviso.

Trata-se de um turno extra. O policial cumpre seu expediente, vai para casa, mas fica de sobreaviso. A qualquer momento pode ser chamado para atender uma ocorrência, ser enviado para uma missão. Na prática, ele trabalha dois turnos e recebe apenas por um. Durante o sobreaviso ele não recebe nada a mais em seu salário, explica o presidente do Sinsepol, Rodrigo Marinho.

Alessandro e Mônica Alexandre  foram atingidos por tiros de fuzil. Os ataques foram praticados por um grupo de criminosos durante a madrugada desta terça-feira (25), na cidade de Costa Marques.

Os policiais – que trabalhavam no horário de sobreaviso – tentavam abordar uma balsa. Eles estavam em uma voadeira. Ao se aproximarem da embarcação, foram recebidos com dezenas de tiros de fuzil.

Além dos agentes da Polícia Civil Mônica e Guimarães, um policial militar não identificado, também foi atingido. As vítimas foram socorridas e estão fora de risco de morte, informa José Ribeiro, diretor-financeiro do Sinsepol.

De acordo com a ocorrência policial, na embarcação havia um caminhão que seria interceptado e vistoriado pela polícia. A região de Costa Marques faz fronteira com cidades do interior da Bolívia e é considerada um corredor do tráfico de drogas.

SOLIDARIEDADE E DEFESA

A diretoria do Sinsepol se solidariza com os policiais feridos durante missão. Uma comissão formada por Rodrigo Marinho, presidente, Adão James, diretor-social, José Ribeiro, diretor-financeiro, viajou nesta terça-feira (25) para interior do Estado, bem como para a cidade onde os policiais estão se recuperando, para prestar toda ajuda necessária em relação ao plano de saúde e tratamento.

Rodrigo diz que o Sinsepol exigindo que o Estado, comandado por um governo perdulário e que virou a costa para a Polícia Civil e a sociedade, regularize o sistema de sobreaviso, que há anos vem tirando parte do pão de cada dia dos servidores da Polícia Civil.

Rodrigo Marinho disse que gostaria de estar indo ao interior levar boas notícias. Mas, infelizmente, a comissão do sindicato está indo para intervir, em defasa de dois dos nossos filiados, que estão passando por um problema gerado pela inércia, a falta de vontade política de um governo sem rumo, que insiste em não regularizar a situação de uma categoria importante para a Segurança Pública de Rondônia.

http://www.acriticanews.com/2016/10/25/ataque-sofrido-por-policiais-na-fronteira-com-a-bolivia-comprova-denuncias-do-sinsepol/

A VERDADE - Rodrigo Marinho e a direção do Sinsepol mostram a realidade da Polícia Civil

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