Policiais e delegados da Polícia Civil iniciaram nesta segunda-feira (12), em Porto Velho, uma mobilização estadual. Os profissionais decidiram acampar no perímetro da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), na tentativa de forçar o Governo do Estado a encaminhar à casa do legislativo o projeto que instituiu o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) para as duas categorias.
Segundo Rodrigo Marinho, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sinsepol), a medida é pauta de reivindicação desde 2010. Conforme o sindicalista, no final de 2015 o governador Confúcio Moura se comprometeu de encaminhar o projeto de lei no início do próximo ano legislativo, que seria em fevereiro deste ano.
Novas reuniões aconeceram entre a categoria e o chefe do Executivo e um novo prazo, até 30 de novembro, foi estabelecido. "O governo não cumpriu nenhum prazo. Agora, vamos acampar na Assembleia Legislativa e só sairemos quando o projeto for encaminhado para votação", explicou Marinho.
A mobilização teve início após uma assembleia geral, ocorrida no início da tarde desta segunda, no Sinsepol. Em seguida, policiais e delegados da capital e do interior, se dirigiram à sede do Poder Legislativo e participaram de uma audiência pública. Na audiência, foram tratadas questões econômicas e os efeitos da crise nas pastas do Executivo.
A delegada Rosilei de Lima, que esteve presente nas reuniões, disse que o governo já sinalizou positivamente para o encaminhamento do projeto. "O governo vai apresentar um projeto de baixo impacto, até por conta do acordo firmado com a União para conter gastos, mas até agora não encaminhou o documento para a votação na Assembleia, e é isso que estamos cobrando, a efetivação do projeto de lei", explicou.
Segundo as lideranças do movimento, o Executivo tem até a próxima sexta-feira (16) para encaminhar o projeto para votação. Se não acontecer, a matéria só poderá ser votada em fevereiro do próximo ano, quando inicia o ano legislativo de 2017.
Os policiais prometem permanecer nos corredores da ALE-RO até o governo encaminhar o projeto. As policiais Erilene Chagas, de Ministro Andreazza, e Lilian Zimermann, de Cacoal, por exemplo, já escolheram o local onde, segundo elas, passarão as noites até o governo se sensibilizar.
A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria do Governo por telefone, que informou que o órgão se manifestará na manhã desta terça-feira (13).