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Policiais civis de Vilhena aderem à “Operação Cumpra-se a Lei” e serviço vai “empacar”

Policiais civis de Vilhena aderem à “Operação Cumpra-se a Lei” e serviço vai “empacar”

Policiais civis de Vilhena aderem à “Operação Cumpra-se a Lei” e serviço vai “empacar” 
Segundo Sinsepol, serão suspensas as horas extras e o sobreaviso
 Os policiais civis de Vilhena aderiram nesta terça-feira, 21 à “Operação Cumpra-se a Lei”, uma ação proposta pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sinsepol), que irá reduzir significativamente o efetivo em trabalho nas delegacias de várias cidades.
Segundo o representante do Sinsepol em Vilhena, José Dorival, a operação não é uma greve, pelo contrário, todos continuarão trabalhando normalmente. “O que faremos é apenas cumprir a lei, ou seja, cumpriremos nossos plantões sem horas extras e sem o chamado sobreaviso, afinal, nem os agentes que estão de sobreaviso, nem os que vêm trabalhar após o expediente estão sendo remunerados”, argumentou. 
Segundo explicou o sindicalista, a delegacia funcionará apenas com os policiais plantonistas, dois turnos de 12 horas; e os demais cumprirão o horário do expediente, que vai até ás 13 horas. “Este mês sobraram dois para atender o expediente, para o mês que vem, que será de férias, não vai ficar ninguém; apenas os dois policiais plantonistas no 1º DP, um na Fazendária e um na DEAM. Esses são os policiais que irão investigar. Ou seja, as grandes operações não mais acontecerão, porque não temos policiais, a gente fazia isso com o nosso tempo, pelo Estado e pela população”, disse.
Para o sindicalista, a categoria agüentou o máximo que deu porque acreditava numa melhoria, o que não aconteceu. “O tempo que nós pudemos aguentar, aguentamos, na esperança de que as coisas melhorariam, mas nada foi nos oferecido em troca dessa dedicação. Então, vamos tirar a maquiagem da Polícia Civil, vamos mostrar que a instituição é essa, debilitada, carente; e ver se a gente, junto com o sindicato e a população, cobramos do Governo que volte os olhos para a Polícia Civil e contrate gente, melhore a estrutura, organize o nosso plano de cargos e salários”, pontuou.
A ação dos policiais é um protesto por melhorias para a categoria, que pede principalmente a regulamentação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e a contratação de policiais, além melhores condições de trabalho. O representante citou que no caso de Vilhena uma nova estrutura está pronta para ser ocupada, mas não há uma data para que comece a funcionar; pontuou ainda que uma turma de novos policiais terminou a academia em maio e até agora ninguém foi contratado. “Agora imagina: a pessoa sai do seu emprego, faz a academia por seis meses, está pronto para ser policial, o Estado está precisando e o Governo não contrata, ou seja, ele não tem seriedade com a Polícia Civil”, disparou JD.
Fonte: Folha do Sul 
Autor: Rogério Perucci
 http://www.folhadosulonline.com.br/noticias.php?id_noticias=28201
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