A falta de condições sanitárias, o alto índice de insalubridade, infestação de ratos e baratas são apontados como razões para a interdição
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vigilância Sanitária de Porto Velho pode interditar o prédio onde funciona a Central de Flagrantes da Polícia Civil. O pedido de interdição do local foi protocolado ontem (03) pela diretoria do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia (Sinsepol). A falta de condições sanitárias, o alto índice de insalubridade, infestação de ratos e baratas são apontados como razões para a interdição. O caso será informado ao Ministério Público (MP) e à Comissão de Direitos Humanos da OAB Rondônia.
De acordo com relatos de servidores, todas as privadas das celas e caixas de gorduras estão com refluxo. Dejetos de fezes, restos de comida e urina são jogados em corredores e celas onde ficam os presos sob custódia.
Segundo eles, é praticamente impossível respirar normalmente devido ao forte odor de urina e fezes. “Temos que suportar isso todos os dias. Já relatamos o caso várias vezes às autoridades, mas nada foi feito até o momento”, afirmam.
Mais de 90% das denúncias de condições precárias de trabalho de servidores da Polícia Civil de Rondônia foram feitas aos órgãos competentes, incluindo as blitze feitas pelo sindicato em várias delegacias de polícia e Unisp. A direção do Sinsepol acredita que as irregularidades apontadas vão se tornar objeto de investigação por meio de abertura de inquérito.
INSETOS
Eles denunciam ainda a invasão de insetos. Os servidores acreditam que há risco de contaminação de presos e policiais que trabalham no local. O problema acontece por causa do lixo acumulado.
Pela janela da sala onde são feitos os registros de flagrantes é possível ver a sujeira. Há garrafas pet, sacolas de lixo e até restos de roupas, que são jogados por presos. “Há rato, barata, mosquito. No calor, aumenta bem mais”, diz um servidor que prefere não ser identificado.
VEJA IMAGENS DA CENTRAL DE FLAGRANTES
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